sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

FESTA DE CONFRATERNIZAÇÃO DA ABrI REGIONAL - RJ





Você não pode perder, sua presença é muito importante...

• Estaremos informando o calendário da palestras para 2012
• Informando sobre o 3º Encontro Nacional de pacientes
• Conhecendo novos pacientes que se associaram a ABrI

Venha fazer parte da família ABrI você também!!!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Informações úteis

EXAMES LABORATORIAIS, tudo gratuito.
A Clínica de Enfermagem Arte do Cuidado da UNIVERCIDADE presta atendimento gratuito e está agendando para  preventivo ginecológico.
Qualquer mulher interessada deve ligar para os seguintes números:
2219-8100  e 2233-8389
ramais: 225 e 226.
· Endereço: Av. Presidente Vargas, nº 2700. Praça XI, ao lado do prédio do Metrô, Rio de Janeiro.

· Funcionamento: de segunda à sexta das 08h às 11h e de 19h às 22h, aos sábados de 08 às 11h.

 
Imagem Solidária

Ressonância magnética, ultra-som e mamografia
Tel.(21) 2535-6000      
ASIA • Associação dos Antigos Alunos dos Padres Jesuítas - RJ
Tel. (21) 2527-3502 begin_of_the_skype_highlighting            (21) 2527-3502      end_of_the_skype_highlighting      
contato@asiarj.org.br
www.imagemsolidaria.com.br

Rua São Clemente, 216 – Botafogo- Rio de Janeiro - RJ
Os interessados devem ligar pra se informar as marcações só são feitas com pedido médico e pessoalmente na unidade
.



Transporte Gratuito

Esse serviço é  gratuito, basta apenas ligar e fazer o cadastro do paciente, que precisa fazer hemodiálise , quimioterapia e radioterapia.
 A ambulância pega o paciente em casa, leva até o hospital para o tratamento e retorna para casa.
 O telefone é do quartel de bombeiros do Maracanã – Rio de Janeiro
Tel. (21) 2334 - 2234 begin_of_the_skype_highlighting            (21) 2334 - 2234      end_of_the_skype_highlighting.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

18 DE OUTUBRO DIA DO MÉDICO


Ser Médico

Ser Médico... aliviar sofrimentos penetrar fundo nos tormentos da humanidade
Ser Médico... dar de si profundamente sentir a dor do doente compreender a sua sorte é se doar por inteiro é romper o nevoeiro que separa vida e morte
Ser Médico... uma vida a dar vidas a mão que cura feridas a palavra que conforta o olhar compadecido ele é sempre o amigo que ao bater lhe abre a porta
Ser Médico... é infundir confiança ao velho, ao jovem, à criança é ser de Deus o instrumento dando alívio à dor alheia tecer fibra a fibra uma teia seguindo o seu juramento
Ser Médico... é ter na mão a leveza agir com delicadeza é ver em cada criatura o pai, a mãe, o filho, o parente para que seu trabalho apresente o dom verdadeiro da cura
Ser Médico... é empreender com carinho conhecer e traçar seu caminho sem jamais pensar no tédio comprimidos não resolvem nem diplomas se devolvem... é uma paixão sem remédio!!!

Parabéns a todos os Médicos!!!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Mudanças positivas para pacientes com imunodeficiência primária na América Latina

CIDADE DO MÉXICO, 13 de outubro de 2011 /PRNewswire/ -- Até hoje, crianças e adultos da América Latina, que sofrem de distúrbios genéticos que afetam seriamente seus sistemas imunológicos, passam despercebidos pelos sistemas nacionais de saúde. Hoje, esse silêncio foi quebrado pela Comunidade da Imunodeficiência Primária (IP) [Primary Immunodeficiency (PI) Community], que se manifestou abertamente sobre as necessidades dos pacientes com IP que vivem sem um diagnóstico apropriado e sem acesso ao atendimento que precisam desesperadamente.
Para ver recursos em multimídia associados a este comunicado de imprensa, por favor, clique em:http://www.prnewswire.com/news-releases/positive-changes-for-primary-immunodeficiency-patients-in-latin-america-131560038.html
Autoridades políticas da América Latina, pacientes e imunologistas especializados participaram de uma Cúpula de Alto Nível na Cidade do México, hoje, para discutir a atual situação da IP em seus respectivos países e para apoiar uma Chamada à Ação, destacando o que pode ser feito para mudar a má situação das pessoas que convivem com a imunodeficiência primária.
A imunodeficiência primária (IP) decorre de defeitos hereditários e genéticos no sistema imunológico, que causam maior sensibilidade a uma ampla variedade de infecções, que afetam a pele, as orelhas, os pulmões, os intestinos e outras partes do corpo. As infecções são frequentemente crônicas, persistentes, recorrentes, debilitadoras e, em alguns casos, fatais. Até hoje, mais de 160 problemas específicos de saúde foram identificados.
Para aumentar a conscientização sobre as doenças decorrentes da IP e assegurar que todas as crianças e adultos latino-americanos tenham a melhor probabilidade de serem diagnosticados precocemente e tratados com eficácia, a "PI Community" chegou a um acordo sobre as medidas que os governos da América Latina devem tomar, para assegurar a compreensão, o diagnóstico mais cedo possível e o tratamento apropriado dessas doenças devastadoras.
O compromisso da "PI Community" foi reconhecido pelo representante do ministro da Saúde do México Dr. Romeo S. Rodriguez-Suarez, que concordou que "a Chamada à Ação vai enviar uma forte mensagem a todos os países latino-americanos e vai encorajar um maior diálogo entre os governos".
O presidente da Sociedade Latino-americana para Imunodeficiências (LASID -- Latin American Society for Immunodeficiencies), professor Ricardo Sorensen, declarou: "Há desafios que devem ser enfrentados separadamente pelos governos latino-americanos e iniciativas existentes, tais como o 'LASID Registry' (Registro da LASID) podem fornecer uma interação importante".
Os participantes concordam que a falta de conscientização e de conhecimentos sobre a IP é a razão para um número significativo de pacientes sem diagnósticos ou com diagnósticos errados na América Latina. O doutor e professor Francisco J. Espinosa-Rosales, da Sociedade Latino-americana para Imunodeficiências (LASID), destacou a necessidade de entender melhor os benefícios econômicos do diagnóstico precoce, declarando: "Há um valor econômico real por trás do diagnóstico precoce e um sinal dos governos latino-americanos de que vão dar prioridade a essas doenças vai ajudar a promover o tratamento ótimo".
A audiência ouviu as palavras da presidente da Organização Internacional de Pacientes para as Imunodeficiências Primárias (IPOPI -- International Patient Organisation for Primary Immunodeficiencies), Sra. Jose Drabwell, e de representantes de pacientes da Argentina, Brasil e Colômbia. Eles disseram que a IP é frequentemente negligenciada e tratada como "apenas" uma infecção ordinária, o que leva a diagnósticos errados e a sofrimentos por longo prazo. Jose Drabwell acrescentou: "De fato, um paciente que recebe um diagnóstico precoce e tratamento adequado pode ter uma boa qualidade de vida no trabalho ou escola e, portanto, pode ser produtivo para a sociedade".
Casos de melhores práticas foram apresentados pelo cofundador e presidente da Jeffrey Modell Foundation (JMF),Fred Modell. Ele observou que, com o apoio do Congresso dos EUA, a JMF iniciou uma campanha de educação dos médicos e de conscientização pública para enfrentar os distúrbios de IP. O programa tem gerado aumentos de mais de 40 por cento, anualmente, no número de pacientes encaminhados à instituições de saúde, diagnosticados e tratados. Quando diagnosticados apropriadamente, tem ocorrido uma melhora dramática na qualidade de vida dos pacientes afetados. O número de infecções, visitas a hospitais e custos de atendimento médico, em geral, foram reduzidos em mais de 70 por cento. Ele acredita que o sucesso da JMF pode ser reproduzido na América Latina, acrescentando: "o que precisamos é de iniciativas dirigidas de longo prazo, que levem a ações concretas pelos governos e desenvolvimento de políticas que garantam o acesso a tratamentos seguros e eficazes e acabem com as disparidades de tratamento". Ele encoraja as organizações de pacientes e os médicos a retransmitir a mensagem amplamente em seus países de origem, em toda a América Latina.
Outras informações:
A imunodeficiência primária (IP), um grupo complexo de doenças do sistema imunológico, pode ser ameaçadora à vida, se não diagnosticada ou tratada. Até hoje, foram identificados mais de 160 problemas de saúde específicos. Esses defeitos genéticos do sistema imunológico causam uma sensibilidade maior a uma ampla variedade de infecções, que afetam a pele, as orelhas, os pulmões, os intestinos e outras partes do corpo. A falta de diagnóstico ou diagnóstico errado da IP faz com que o sistema imunológico fique comprometido, o que leva a doenças crônicas, deficiência, capacidade reduzida de trabalho, menor qualidade de vida para os pacientes e suas famílias, danos permanentes a órgãos ou mesmo à morte. No caso de pacientes sem diagnóstico ou mal diagnosticados, os tratamentos são focados no uso frequente e de longo prazo de altas doses de antibióticos. Melhores diagnósticos de Imunodeficiências primárias podem, portanto, ter um impacto positivo na redução no uso de antibióticos, melhor uso de instituições de saúde e melhoras na qualidade de vida dos pacientes.


A Jeffrey Modell Foundation (JMF - www.info4pi.org) é uma entidade beneficente pública, mundial, criada em 1987 por Vicki e Fred Modell, em memória de seu filho Jeffrey, que morreu aos 15 anos de idade de complicações da Imunodeficiência Primária (IP). A JMF é dedicada a diagnósticos precoces e precisos, tratamentos expressivos e, enfim, a curas de imunodeficiências primárias. Durante 25 anos, a Fundação e seus 100 Centros de Diagnóstico e Pesquisa Jeffrey Modell (Jeffrey Modell Diagnostic and Research Centers) apoiaram a pesquisa básica e clínica e forneceram educação aos médicos, apoio aos pacientes, conscientização pública e defesa da causa.


A Latin American Society for Immunodeficiencies (LASID - http://www.lasid2011.org/About.asp) -- anteriormente Grupo Latino-americano para Imunodeficiências (LAGID -- Latin American Group for Immunodeficiencies) -- vem trabalhando para promover a conscientização sobre imunodeficiências primárias em países da América Latina, por mais de 15 anos e, em particular, para criar registros de casos de IP em cada país participante e aperfeiçoar programas educacionais. Também promove encontros científicos nacionais com pediatras para aumentar a identificação precoce e o tratamento da IP. A LASID representa hoje 14 países.


The International Patient Organization for Primary Immunodeficiencies (IPOPI - http://www.ipopi.org/) é uma associação de organizações nacionais de pacientes dedicada a aumentar a conscientização, acesso ao diagnóstico precoce e os melhores tratamentos para a imunodeficiência primária (IP) de pacientes de todo o mundo. Criada em 1992, a IPOPI funciona como um grupo de defesa global para a comunidade de pacientes com PID, em cooperação com suas Organizações Nacionais Associadas (NMOs -- National Member Organizations) e grupos de interesse da IP essenciais.
fonte: Jeffrey Modell Foundation

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

2º Encontro Nacional de Pacientes com Imunodeficiência Primária 

O segundo encontro foi realizado no dia 30/04/2011 na capital Paulista, reunindo pacientes de todo o país. Teve a presença valiosa mais uma vez da Deputada Estadual Célia Leão, confirmando seu apoio a ABri.
A Dra. Tatiana Lawrence, médica pediatra e Presidente da ABri (Associação Brasileira de Imunodeficiência Primária), nos apresentou dados dos trabalhos e parcerias que vem sendo desenvolvidos pela ABri.
A Dra. Myrthes Toledo Barros médica imunologista do HCF MUSP que apresentou uma palestra sobre o uso da imunoglobulina para tratamento das imunodeficiências primárias.
Depoimentos emocionantes de três pacientes de diferentes Estados que reforçaram o quanto é importante a divulgação da imunodeficiência para que os diagnósticos corretos sejam feitos.
Houve uma mesa redonda, onde psicóloga, fisioterapeuta, nutricionista e advogada e médica imunologista ficaram a disposição dos pacientes e familiares e muitas perguntas foram dirigidas a todos os profissionais esclarecendo uma série de dúvidas. 
O encontro foi fechado com uma caminhada solidária no domingo dia 1º de maio no Parque Ibirapuera, onde divulgaram a imunodeficiência expondo na camisa os dez sinais de alerta para o diagnosticar a doença.

ENCONTROS DE PACIENTES COM IMUNODEFICIÊNCIA PRIMÁRIA

1º Encontro Nacional de Pacientes com Imunodeficiência Primária


O encontro realizado no dia 25/04/2010 em São paulo foi aberto pela Deputada Estadual Célia Leão, pessoa de fibra e determinação, que nos faz crer que existem pessoas dentro e fora do poder publico que se empenham com causas como as nossas.
A Dra. Tatiana Lawrence, médica pediatra e Presidente da ABri (Associação Brasileira de Imunodeficiência Primária), nos apresentou dados sobre a imunodeficiência primária e os trabalhos e parcerias que vem sendo desenvolvidos pela ABri (www.abri.com.br) desde a sua criação em 2003.
Depoimentos emocionantes de dois pacientes reforçaram o quanto é importante a divulgação da imunodeficiência para que os diagnósticos corretos sejam feitos e o tratamento adequado seja adotado.
A Prof. Dra. Beatriz Tavares Costa Carvalho, Profa. Adjunta do.Depto de Pediatria da UNIFESP-EPM, nos apresentou o funcionamento do sistema imunológico e os sinais que esta patologia apresenta. O Sistema Imunológico funciona como uma barreira protetora do organismo evitando infecções. Todos os componentes do sistema imunológico atuam em conjunto de forma a ter uma resposta mais eficaz. Defeitos podem ocorrer em qualquer componente do sistema e com isso a pessoa fica mais susceptível a apresentar infecção.
As Nutricionistas Michelle Caetano, e Rosangela da Silva, especialistas em Nutrição Infantil reforçaram a importância da alimentação saudável e equilibrada, os cuidados com a higiene dos alimentos e do ambiente, além do uso de suplementos nutricionais quando necessário, para que seja mantido um bom estado nutricional, o que significa peso, estatura e reservas de vitaminas e minerais adequados.
A fisioterapeuta Erika Félix abordou a importância da fisioterapia respiratória para a manutenção das vias aéreas limpas, melhor transporte de oxigênio e preservação da função pulmonar, assim como, da reabilitação pulmonar que através de exercícios físicos adequados e sistemáticos, os pacientes podem fazer uso com intuito de manter a continuidade a fisioterapia.
Houve uma mesa redonda, onde todos os profissionais ficaram a disposição dos pacientes e familiares e muitas perguntas foram dirigidas a todos os profissionais esclarecendo uma série de dúvidas.




terça-feira, 9 de agosto de 2011

DÊ SEU DEPOIMENTO, CONTE SUA HISTÓRIA TAMBÉM

Envie seu depoimento pelo email : abri.riodejaneiro@gmail.com
 Sou Merlin, tenho dois filhos com imunodeficiência primária, o Cauã com 7 anos e o Cauê com 3 anos.
Moro numa cidade do interior do estado do Rio de janeiro, muito precária na área da saúde.
O Cauã aos três meses de vida, aparentemente nasceu bem, começou com uma bronquiolite e evoluiu rapidamente para uma pneumonia e posteriormente para infecção generalizada, onde permaneceu por ventilação mecânica por 33 dias, drenou o pulmão esquerdo, três paradas cardiorrespiratórias, aonde veio a lesar 80% do seu celebro, só sobreviveu por um milagre, pois aqui na minha cidade não teve um diagnóstico certo. Após três meses de internação consegui através da justiça uma vaga no instituto Fernandes  figueira, um hospital pediátrico ligado a Fio Cruz na aterro do flamengo na Rio, lá sim após muitos exames descobriram o porque da violência dessa infecção ,era imunodeficiência primária, ligada ao cromossomo x.
Após quase quatro meses sem ir em casa, finalmente teve alta e com um diagnóstico nas mãos começamos o tratamento, com infusão de imunoglobulina humana.
  • Quatro anos depois nasceu o Cauê, que também quando completou três meses de vida, teve uma complicação respiratória, parecida com a do irmão, como já tratávamos ele também no Iff, conseguimos transferi ele muito grave ao Iff, numa UTI, onde permaneceu por 22 dias na UTI, mas como lá é um hospital de referência e pela graça de Deus, recebeu os medicamentos certos e não ficou com nenhuma seqüela, é uma criança normal, aparentemente, sempre tem várias infecções, mas nada que um antibiótico não resolva.
Temos muitas dificuldades, principalmente no tratamento, muitas vezes faltava à medicação que tem que ser infundida de 28 em 28 dias, o transporte até o hospital, pois moramos há 150 km de distancia psicologicamente ficaram muito abalados, eu e minha esposa sofremos muito com isso tudo, em ver às vezes meu filho perguntar o porquê de todo mês ter que ser furado para tomar medicação, por não poder sair muito à noite ou quando esta frio, não ter uma vida igual a outras crianças normais.
Mas de tudo isso tiro uma lição de vida, que não podemos desistir nunca,enquanto tiver forças para lutar estaremos guerreando,costumo dizer que matamos um leão por dia.
Hoje me empenhei na divulgação da imunodeficiência,visito consultórios,clinicas e hospitais, para que todos possam passar a conhecer essa deficiência, e assim ter um diagnóstico precoce.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Sites de informações sobre a Imunodeficiência Primária

www.imunopediatria.org.br (grupo Brasileiro de imunodeficiência)

www.abri.com.br (Associação Brasileira de imunodeficiência)

www.info4pi.org ( the jeffrey Modell Foundation)

www.lagid.isuhsc.edu (grupo Latino Americano de Imunodeficiências Primárias)

www.esid.org ( sociedade Européia de Imunodeficiencia)

www.primaryimmune.org (the immune deficiency foundation)

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias

Texto elaborado pelos Drs Pérsio Roxo Júnior e Tatiana Lawrence, médica pediatra e Presidente da ABri (Associação Brasileira de Imunodeficiência Primária)


1. O que é imunodeficiência?
Nosso sistema imunológico é como um exército, onde existem diferentes armas, todas importantes para manter a defesa do organismo de forma adequada. A primeira linha de defesa é formada por células do sangue, denominadas glóbulos brancos (fagócitos), e por proteínas do sangue capazes de destruir microorganismos (sistema complemento). Quando estes componentes não conseguem destruir os microorganismos, o organismo lança mão de células específicas, denominadas linfócitos T e B.
Imunodeficiência é um grupo de doenças, caracterizadas por um ou mais defeitos do sistema imunológico. Como conseqüência destas alterações, o indivíduo se torna mais propenso a apresentar grande número de infecções.

2. Estas alterações do sistema imunológico são hereditárias?
Existem dois grupos de alterações imunológicas. O primeiro grupo é constituído por defeitos hereditários, provenientes dos pais, e geralmente iniciam-se na infância, embora em algumas situações só se manifeste na idade adulta. Nestes casos, outros membros da família podem ser também, afetados. Estas alterações são conhecidas como imunodeficiências primárias ou congênitas. O segundo grupo é constituído por defeitos não hereditários, mas secundários a outras condições, como, por exemplo, desnutrição e infecção pelo HIV (vírus causador da AIDS). São conhecidas como imunodeficiências secundárias ou adquiridas, sendo estas muito mais freqüentes que as imunodeficiências primárias.

3. Todas as crianças com infecções repetidas têm imunodeficiência?
Não. Estima-se que entre as crianças portadoras de infecções repetidas encaminhadas para investigação, aproximadamente 50% delas sejam imunologicamente normais, 30% sejam alérgicas, 10% sejam portadoras de outras doenças não imunológicas, e apenas 10% sejam portadoras, realmente, de alguma imunodeficiência. Nos casos de suspeita de imunodeficiência, o médico deve fazer uma avaliação completa do sistema imunológico, para verificar o seu funcionamento.
4. Os recém-nascidos são imunodeficientes?
Não. Os recém-nascidos recebem anticorpos passivamente da mãe, através da placenta, nascendo, desta forma, com níveis adequados de anticorpos, o que lhes propicia proteção contra infecções nos primeiros meses de vida. Porém, durante o primeiro ano de vida, a criança passa por um processo fisiológico de imaturidade de seu sistema imunológico, o que a torna mais vulnerável a infecções. Neste sentido, o aleitamento natural, que é uma fonte rica de anticorpos e outros fatores de defesa, desempenha importante papel na proteção do lactente, especialmente no primeiro ano de vida

5. Crianças com resfriados mensais devem ser investigadas para imunodeficiência?
Não. Resfriados são infecções virais, geralmente sem gravidade, que frequentemente acometem crianças saudáveis, especialmente as que freqüentam creches e escolas. Portanto, desde que não haja complicações para infecções mais graves, os resfriados freqüentes não sugerem alterações da imunidade.

6. As imunodeficiências só se manifestam como infecções repetidas?
Não. Algumas vezes as imunodeficiências podem se manifestar como diarréia crônica, retardo de crescimento, baixo ganho de peso, doenças alérgicas graves, doenças autoimunes (por exemplo, lúpus e artrite reumatóide), tumores e alterações no sangue (anemia e diminuição de glóbulos brancos).


7. Crianças com imunodeficiências devem ser seguidas por longo tempo?
Sim. Algumas imunodeficiências podem apresentar complicações e evoluir para outras doenças, especialmente a partir da adolescência. Desta forma, as crianças deverão ter acompanhamento médico até a vida adulta.

8. As imunodeficiências podem levar à morte?
O prognóstico das imunodeficiências depende de uma série de fatores. A idade da criança na época do diagnóstico é extremamente importante. Quanto mais precoce o diagnóstico, melhores são as chances de uma boa qualidade de vida para o paciente. Por outro lado, quando o diagnóstico é feito tardiamente, a probabilidade de ocorrência de complicações e seqüelas é muito maior, inclusive com risco de morte. Por isso, é muito importante que as crianças sejam levadas rotineiramente ao pediatra, desde os primeiros meses de vida. Outro fator que muito influencia no prognóstico é o tipo de imunodeficiência, pois algumas delas envolvem risco de morte, caso não sejam tratadas rapidamente.

9. Existe tratamento para as imunodeficiências?
Existem diferentes formas de tratamento, dependendo da imunodeficiência. Algumas modalidades de tratamento consistem de medicações para estimular a produção de glóbulos brancos, a reposição mensal de anticorpos, a terapia gênica (ainda não disponível no Brasil), e o transplante de medula óssea, já realizado em nosso país para várias imunodeficiências. O mais importante é que as imunodeficiências sejam corretamente diagnosticadas, para que o tratamento mais adequado seja indicado o mais precocemente possível.

10. Realizando-se estes tratamentos não será mais necessário o uso de antibióticos?
Não é bem assim. Estas formas de tratamento têm a finalidade de melhorar o funcionamento do sistema imunológico, mas o uso de antibióticos será necessário todas as vezes que ocorrerem infecções, como por exemplo otites, sinusites ou pneumonias. Há casos, também, em que o paciente já apresenta seqüelas decorrentes das múltiplas infecções, e o uso de antibióticos continuamente pode ser necessário. Também existem algumas imunodeficiências, cujo único tratamento recomendado no momento é o uso contínuo de antibióticos para reduzir as infecções.
 
11. É necessária alguma restrição alimentar para os pacientes com imunodeficiência?
Não. Recomenda-se uma alimentação saudável e a mais balanceada possível, fornecendo todos os nutrientes necessários. Porém, deve-se ter muito cuidado com as frutas e verduras cruas ingeridas fora de casa, pois elas podem não ser bem lavadas e transmitir infecções e parasitoses intestinais. Desta forma, recomenda-se que os pacientes comam frutas e verduras cruas apenas em suas próprias casas, ou de familiares cujo cuidado no manuseio seja conhecido.


12. Que problemas o paciente pode apresentar se não produzir anticorpos?
Quando não se produz anticorpos ou quando eles não estão funcionando adequadamente, o risco do desenvolvimento de infecções repetidas é muito alto, havendo necessidade do uso de antibióticos com freqüência. Ademais, estas infecções podem ser graves, necessitando hospitalização.


13. Pacientes que recebem anticorpos mensalmente deverão ser tratados pela vida toda?
Para algumas imunodeficiências este é o tratamento recomendado no momento em qualquer parte do mundo. Então o tempo que vai receber esta medicação é indeterminado ou até surgir um outro tipo de tratamento.


14. Existem riscos deste tratamento com anticorpos?
Os anticorpos são derivados do sangue. O risco de adquirir uma doença utilizando esta medicação é muito baixo. O processo de fabricação desta medicação passa por uma série de etapas, que têm por objetivo retirar quaisquer microorganismos que por ventura possam estar presentes. Entretanto, os pacientes são sempre monitorados com exames de sangue, e sempre terá um medico que o acompanha no decorrer do tratamento.


15. Pacientes com imunodeficiências podem ter filhos?
A imunodeficiência, por si só, não contra-indica a gravidez ou a possibilidade de ter filhos. Porém, para algumas imunodeficiências há um risco significativo de os filhos apresentarem o mesmo problema. Pais consangüíneos (parentes entre si) também têm uma chance maior de terem filhos com imunodeficiência.

16. Pacientes com imunodeficiências podem receber vacinas?
Depende do tipo de imunodeficiência. Em algumas situações, como deficiências do sistema complemento ou de fagócitos, são recomendadas, inclusive, as vacinas especiais não oferecidas à população pela rede pública. Entretanto, as vacinas de microorganismos vivos atenuados (por exemplo, BCG, febre amarela e tríplice viral) são contra-indicadas em determinadas imunodeficiências. O pediatra poderá fazer as orientações necessárias.



Fique sabendo mais sobre as Imunodeficiências Primária ( IDP )

 Sobre Imunodeficiência Primária


As  Imunodeficiências  Primárias  (IDP)  são  doenças  de  origem  genética  que  afetam   o   funcionamento   do   sistema   imunológico,   tornando   o   indivíduo   mais  susceptível a adquirir infecções graves e/ou de repetição. Podendo afetar todos os órgãos do nosso corpo sendo as infecções crônicas, persistentes, de repetição, debilitantes e, em alguns casos, fatais. Apresentam também maior suscetibilidade a doenças auto-imune, alérgicas e neoplásicas. A Imunodeficiência Primária engloba mais de 160 doenças diferentes que já foram identificadas sem predileção de sexo, etnia ou idade.


As imunodeficiências não são doenças raras, mas são pouco diagnosticadas, com sérios prejuízos para os pacientes, acometem cerca de um em cada  2.000  nascidos  vivos. Existem em tratamento no país cerca de duas mil pessoas, mas estima-se que aproximadamente 20 mil apresentem a doença e permaneçam sem diagnóstico
Atualmente, o tratamento da imunodeficiência primária é subsidiado pelo Ministério da Saúde, porém, o Governo não investe no diagnóstico. A falta de diagnóstico é o principal problema enfrentado pelos portadores da Imunodeficiência Primária (IP) no Brasil. 
Por falta de conhecimento dos especialistas e de acesso a exames apropriados o diagnóstico no Brasil leva em média cinco anos para ser realizado, o que pode ser fatal para o paciente.
Em geral ela se manifesta na infância e provoca um quadro de infecções repetidas que são confundidas com outras doenças, como otite, pneumonia ou meningite. Mas a doença pode se manifestar também na fase do adulto jovem, entre 20 e 40 anos, também com quadro de infecções importantes de repetição ou uma infecção só, mas muito grave.
O diagnóstico rápido e correto é fundamental para salvar vidas, porque a doença pode ser fatal.




Os principais sintomas:


A Imunodeficiência primária é uma disfunção genética provocada pela produção insuficiente de anticorpos. É causada por uma falha no mecanismo de defesa do organismo que o impede de combater adequadamente as infecções. Além de infecções repetidas, as imunodeficiências podem se manifestar como diarréia crônica, retardo de crescimento, baixo ganho de peso, doenças alérgicas graves, doenças autoimunes, tumores e alterações no sangue, como anemia e diminuição de glóbulos brancos, o
tite, sinusite, pneumonia ou meningite.


É importante de ficar alerta para os dez sinais que devem servir como motivos para investigar a possibilidade da pessoa ser portadora de imunodeficiência primária:
se o indivíduo tiver duas ou mais pneumonias no ano; oito ou mais novas infecções de ouvido no último ano; estomatites de repetição ou candidíase por mais de dois meses; abscessos repetitivos; sinusite, meningite, osteoartrite, septicemia; infecções intestinais de repetição ou diarréia crônica; asma grave; efeitos adversos à vacina BCG ou infecção por microbactéria; tipo físico que possa sugerir a existência da doença e histórico familiar.

domingo, 17 de julho de 2011

Sinais e sintomas clinicos que auxiliam o diagnóstico.

Os 10 Sinais de Alerta para Imunodeficiência Primária na Criança adaptados para o nosso meio são:

1 - Duas ou mais Pneumonias no último ano;
2 - Quatro ou mais novas Otites no último ano;
3 - Estomatites de repetição ou Monilíase por mais de dois meses;
4 - Abscessos de repetição ou ectima;
5 - Um episódio de infecção sistêmica grave (meningite, osteoartrite, septicemia);
6 - Infecções intestinais de repetição / diarréia crônica;
7 - Asma grave, Doença do colágeno ou Doença auto-imune;
8 - Efeito adverso ao BCG e/ou infecção por Micobactéria;
9 - Fenótipo clínico sugestivo de síndrome associada a Imunodeficiência;
10 - História familiar de imunodeficiência.

O que é imunodeficiência?

Nosso sistema imunológico é como um exército, onde existem diferentes armas, todas importantes para manter a defesa do organismo de forma adequada. A primeira linha de defesa é formada por células do sangue, denominadas glóbulos brancos (fagócitos), e por proteínas do sangue capazes de destruir microorganismos (sistema complemento). Quando estes componentes não conseguem destruir os microorganismos, o organismo lança mão de células específicas, denominadas linfócitos T e B.
Imunodeficiência é um grupo de doenças, caracterizadas por um ou mais defeitos do sistema imunológico. Como conseqüência destas alterações, o indivíduo se torna mais propenso a apresentar grande número de infecções.

Quem Somos:

A ABrI foi criado desde 2003 em São Paulo, é uma organização com o caráter de OSCIP que nasce de uma associação civil sem fins lucrativos, formada por parentes, amigos e profissionais dos pacientes que lutam contra a imunodeficiência primária, é presidida pela Dra. Tatiana Lawrence médica pediatra, que reúne os pacientes do país. A ABrl é um dos braços do Centro Jeffrey Modell fundação criada em 1987 por Vicki e Fred Modell em memória do filho Jeffrey, que faleceu aos 15 anos de Imunodeficiência Primária, e apoiada pela Baxter, que atua em 39 países contribuindo para a realização de diagnósticos precoces e acurados, promovendo tratamentos que propicia condições para a cura da IDP.  Atualmente a ABrI assiste 54 famílias e pretende expandir para mais de 1000 famílias. Inicialmente, esses pacientes são assessorados pelo Hospital São Paulo, com regionais em quase todo o País.


A ABrI-RJ foi  formada no ano de 2010 , reunindo do pacientes do hospital Fundão, Instituto Fernandes Figueira e do Hospital dos Servidores, pela necessidade de ajudar e proporcionar maior qualidade de vida aos portadores de Imunodeficiência no Estado do RJ.

Nós da ABrI temos o intúito de apoiar a saúde integral dos portadores de imunodeficiência, visando
à melhora da qualidade de vida dos pacientes mediante ações avançadas de promoção e assistência social, de assessoria, pesquisa clínica e laboratorial realizado por talento humano idôneo e comprometido com os valores da fundação.

Esse blog será um dos nossos principáis meios de comunicação. Aqui apresentaremos para pacientes e familiares, informações importantes. Que contribuem diretamente para o bem estar e esclarecimento de todos os envolvidos na causa.